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Métamorphojean

França, 1990, cor, video, 2’ (5 clipes de 20 a 30’’)



Cinco breves vídeos para os estilistas Marithé e François Girbaud.

Dando continuidade à série iniciada com Closed Jeans e Closed, Godard realiza em 1990 cinco novos vídeos de 20 segundos para Marithé e François Girbaud. O título, Métamorphojean, escrito à mão por Godard no início de cada spot abaixo do nome dos dois estilistas, tem a mesma caligrafia com que o cineasta às vezes faz aparecer sua assinatura nos créditos de seus filmes. Assim, ele faz com que ressoe, de maneira ainda mais intensa do que nos conjuntos anteriores de vídeos, o nome do cineasta no nome da calça – esse “Jean” ao qual dedica, na mesma época, alguns momentos de História(s) do cinema (1988-1998), com Vigo, Cocteau, Renoir ou Epstein (cf. “eu sou Jean”, no episódio 3b).

Métamorphojean é a metamorfose de Jean-Luc que as História(s) realizam, e cada spot retoma procedimentos da obra maior: o primado do plano fixo com montagens de imagens de cinema ou pintura; a aparição progressiva de uma frase na tela; a importância do trabalho de som que mescla o off dos fragmentos musicais a uma ou mais vozes que repetem: La mode!. A nova série confirma também uma tendência para uma lógica alegórica. Os vídeos de Closed Jeans(1987-1988) se concentram em ações curtas, mais próximas dos corpos, de modo a deles retirar uma forma de erotismo ou de absurdidade burlesca, como Video 50, de Bob Wilson (cinquenta spots de 30 segundos, 1978). Os spots de Closed já combinavam uma afirmação geral (por exemplo: “A moda é generosa”) com uma forma de ilustração, mas sua literalidade ainda tinha algo de cômico. Métamorphojean fixa os corpos e opta pela gravidade.

Cada filme é a variação de uma mesma fórmula: “A arte não vê, ela metamorfoseia”; “A guerra não ouve, ela metamorfoseia”, “O cinema não fala, ele metamorfoseia”. A arte é uma visão de Olympia, de Manet; o cinema, um retrato de Marlene Dietrich. A metamorfose pela arte, é o Jesus expulsando os vendilhões (circa 1570), de El Greco; a metamorfose pela guerra, O pecado seguido da morte (1794-1796), de Füssli. A montagem compõe rébus alegóricos que multiplicam e metamorfoseiam as potências das imagens antigas, enquanto a moda, literalmente, sabe apenas repetir seu próprio nome, fora de campo.

Cyril Béghin



Produção

Apoio

Correalização

Copatrocínio

Realização


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