Portal Brasileiro de Cinema  O GURU E OS GURIS

O GURU E OS GURIS

1973 . Jairo Ferreira
São Paulo, 11 minutos, 35mm, p&b

 
 

Jairo Ferreira encontra na figura de Maurice Legeard a estratégia para falar da paixão pelos filmes, exercitando a linguagem de invenção que mobiliza sua trajetória como crítico e realizador. Dirigindo o Clube de Cinema de Santos, um dos mais antigos do país, Legeard encara o cineclubismo como uma maneira de aglutinar filmes, pessoas e idéias ao seu redor — seja na sala de cinema ou numa mesa de bar, como mostra uma antológica seqüência do curta. Levando adiante o imaginário cineclubista, Jairo Ferreira vai realizar, dois anos depois, o lendário O vampiro da cinemateca, no qual os filmes se transformam, literalmente, em alimento para a sobrevivência do protagonista. Vampiro ou cineclubista, todos seguem a lógica da antropofagia de Oswald de Andrade: a cultura como devoração.

Guiomar Ramos e Luciana Corrêa de Araújo

Produção e fotografia: Carlos Reichenbach

Direção: Jairo Ferreira

Montagem: Inácio Araújo