Bibliografia

O escopo da presente bibliografia tem um caráter horizontal, ou seja, buscou-se cobrir não apenas o material primário em torno de Leila Diniz (reportagens jornalísticas, entrevistas e depoimentos de amigos), mas também reflexões aprofundadas sobre esta personalidade (biografias, ensaios e teses acadêmicas), bem como estudos a respeito das obras em que ela atuou – neste caso somente quando a atriz ou seu personagem são citados no texto. São indicadas também críticas, resenhas e reportagens sobre os trabalhos que abordam a vida de Leila Diniz. Desta forma, procurou-se dar ao leitor dos registros coligidos o arco mais amplo possível de informações, embora certamente sem esgotar o tema.

ABREU, Thareja Fernandes de. A vida como obra de arte: Leila Diniz, um mito no Brasil contemporâneo. Salvador: dissertação de mestrado apresentada à Faculdade de Comunicação da UFBA, 1997.
O trabalho parte da investigação do conceito de "mito" em vários autores, para daí analisar a especificidade do mito Leila Diniz.

ALMANAQUE Pasquim – Leila Diniz, Rio de Janeiro, n° especial, jul. 1982.
Volume totalmente dedicado a Leila Diniz que reproduz a famosa entrevista da atriz ao jornal O Pasquim em 1969. Há também textos de Eduardo Mascarenhas, Carlos Drummond de Andrade, Millôr Fernandes, Jaguar, Domingos de Oliveira, Betty Faria, Flávio Rangel e Tarso de Castro, dentre outros.

ARAÚJO, Luciana. DINIZ, Leila. In: RAMOS, Fernão e MIRANDA, Luiz Felipe (Orgs.). Enciclopédia do cinema brasileiro. São Paulo: Senac, 2000. p. 172-173.
Verbete biofilmográfico substancioso que também destaca as participações da atriz no teatro e na televisão.

AUGUSTO, Sérgio. Divagações sobre as estrelas. Filme Cultura, Rio de Janeiro, v. III, n. 16, set. out. 1970. p. 32-36.
Ensaio sobre as estrelas do cinema brasileiro de então, incluindo Leila Diniz.

AVELLAR, José Carlos. O cinema dilacerado. Rio de Janeiro: Alhambra, 1986.
Reunião de ensaios dos quais "Vozes do medo" analisa Amor, carnaval e sonhos (p. 102-104), mencionando a personagem interpretada por Leila Diniz.

AVENTURAS de Leila Diniz, As. Manchete, Rio de Janeiro, v. XVI, n. 848, 20 jul. 1968. p. 28-29.
Entrevista de Leila Diniz a Carlos Acuio, na qual a atriz fala da sua viagem a Berlim – onde foi acompanhar a apresentação de Fome de amor no festival de cinema – e Paris.

BERNARDET, Jean-Claude. Trajetória crítica. São Paulo: Polis, 1978.
Compilação de críticas e ensaios publicados na imprensa, dos quais "Fome de amor em forma de acinte" (p. 108-109) e "Um autor de cinema brasileiro se identificou com o seu público ou, vamos todos à praia" (p.197-204) discutem respectivamente Fome de amor e Todas as mulheres do mundo, inclusive no que toca às personagens interpretadas por Leila Diniz nesses filmes.

BORBA, Marco Aurélio. O povo disse adeus a Leila. Manchete, Rio de Janeiro, v. XX, n. 1055, 8 jul. 1972. p. 20-23.
Reportagem sobre o traslado das cinzas de Leila Diniz da Índia para o Brasil e sobre o enterro no Rio de Janeiro.

CARVALHO, Maria Alice Rezende de. Menina do Rio. In: _____. Quatro vezes cidade. Rio de Janeiro: Sette Letras, 1994. p. 95-104.
Ensaio que relaciona Leila Diniz e o Rio de Janeiro, destacando-a como representação do caráter social e cultural múltiplo da cidade.

CASTRO, Ruy. Leila, a estrela que explodiu no céu. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 14 jun. 1992.
Comenta os vinte anos da morte de Leila Diniz, sublinhando a sua importância na evolução dos costumes no Brasil.

CASTRO, Tarso de. Leila Roque Diniz. Folha de S. Paulo, São Paulo, 14 jun. 1982.
O jornalista, que foi amigo de Leila Diniz, comenta os dez anos da morte da atriz.

CAVALCANTI, Cláudia. Leila Diniz. São Paulo: Brasiliense, 1983.
Biografia de Leila Diniz com ênfase na sua atuação no cinema, no teatro e na televisão, além de abordar sua vida amorosa.

COTA, Ricardo. Leila Diniz. Cinemin, Rio de Janeiro, v. V, n. 37, out. 1987. p. 4-5.
Reportagem sobre a produção da película Leila Diniz.

__________. Estilhaços poéticos. Revista de Cinema Cisco, São Paulo, v. II, n. 9, dez. 1987 – fev. 1988. p. 6.
Crítica do filme Leila Diniz.

DINIZ, Eli (Org.). Dossiê Leila Diniz. Estudos Feministas, Rio de Janeiro, v. II, n. 2, 1994.
Número da revista acadêmica dedicado a Leila Diniz organizado por Eli Diniz, cientista política e irmã da atriz. Dentre os artigos citam-se: "Retorno às origens" – de Eli Diniz –, "Leila Diniz e a antecipação de temas feministas" – de Jacqueline Pitanguy –, "Leila Diniz: a arte de ser sem perder o ser" – de Mirian Goldenberg, "A linguagem de Leila" – de Ana Maria Magalhães –, "A beleza sensual de Leila e a vitalidade de Matisse" – de Fayga Ostrower –, "Leila Diniz, liberdade e subjetividade" – de José Américo Pessanha –, "Leila Diniz em várias versões" – de Maria Lygia Quartim de Moraes – e "Entrevista de toda uma geração" – de Sérgio Cabral.

DINIZ, Janaína. Todas as mães do mundo são minhas. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 1 jul. 1997.
Depoimento da filha de Leila Diniz.

FALTA uma certa Leila Diniz. Veja, São Paulo, n. 198, 21 jun. 1972. p. 22-24.
Reportagem sobre o falecimento de Leila Diniz.

FERNANDES, Ismael. Memória da telenovela brasileira. 3.ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
Pesquisa que resume o enredo das telenovelas brasileiras do período de 1963 a 1994, anotando ainda autores, elenco, período de duração e emissora de cada novela. Dentre os trabalhos de Leila Diniz encontram-se: Um rosto de mulher (p. 77), Eu compro esta mulher (p. 78), O sheik de Agadir (p. 82), Anastácia, a mulher sem destino (p. 86), O direito dos filhos (p. 97), Acorrentados (p. 115), Vidas em conflito (p. 118-119), Dez vidas (p. 125) e E nós aonde vamos? (p. 137-138).

FERNANDES, Ivy. Enfim, uma vedete em Ipanema. Manchete, Rio de Janeiro, v. XVII, n. 928, 31 jan. 1970. p. 143.
Matéria sobre a peça Tem banana na banda, estrelada por Leila Diniz.

GLADYS, Maria. A vida com a atriz era só surpresas. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 1 jul. 1997.
Depoimento no qual a atriz relembra quando conheceu Leila Diniz e a forte impressão causada.

GOIDA. Edu, comunicação de ouro. In: _____. Nas primeiras fileiras. Porto Alegre: Unidade Editorial, 1998. p. 92-93.
Crítica do filme Edu, coração de ouro que menciona a personagem de Leila Diniz.

GOLDENBERG, Mirian. Toda mulher é meio Leila Diniz. 2.ed. Rio de Janeiro: Record, 1996.
Versão resumida da tese de doutorado Toda mulher é meio Leila Diniz: gênero, desvio e carreira artística, defendida em 1994 junto ao Museu Nacional-UFRJ. O trabalho não se pretende uma biografia, mas sim um estudo que visa apontar as mudanças do papel da mulher no Brasil a partir da análise da vida de Leila Diniz seguindo a linha acadêmica denominada "Antropologia da Mulher". Além de elaborado caderno de fotos, há a transcrição da famosa entrevista que a atriz concedeu em 1969 ao jornal O Pasquim.

GRÁVIDA do ano, A. O Pasquim, Rio de Janeiro, n. 96, 6 a 12 maio 1971. p. 26-27.
Entrevista de Leila Diniz a Flávio Rangel, na qual a atriz comenta sua gravidez e o "título" concedido por O Pasquim.

JORDÃO, Fernando Pacheco. Volta à cena. Veja, São Paulo, n. 1000, 4 nov. 1987. p. 163.
Crítica do filme Leila Diniz.

LACERDA, Luiz Carlos. Leila para sempre Diniz. Rio de Janeiro: Record, 1987.
Livro que no formato de diário recorda várias facetas de Leila Diniz, amiga do autor – também diretor do filme Leila Diniz – desde os anos 50. Há um bom caderno de fotos, frases da atriz, a entrevista concedida ao jornal O Pasquim em 1969, declarações de amigos e a reprodução de um texto de Carlos Drummond de Andrade sobre ela.

LARANJEIRA, Adilson. Filme retrata Leila Diniz evitando o sentimentalismo. Folha de S. Paulo, São Paulo, 19 nov. 1987.
Crítica do filme Leila Diniz.

LEILA Diniz. O Pasquim, Rio de Janeiro, n. 22, 20 a 26 nov. 1969. p. 9-13.
Famosa entrevista de Leila Diniz concedida a Sérgio Cabral, Tarso de Castro, Jaguar, Paulo Garcez, Luiz Carlos Maciel e Tato Taborda, na qual a atriz fala de sua vida pessoal e de sua carreira artística. É de se observar que os palavrões ditos pela atriz e censurados foram habilmente substituídos por asteriscos pelos editores.

LEILA Diniz: a alegria de ser mãe. Manchete, Rio de Janeiro, v. XX, n. 1040, 25 mar. 1972. p. 30-32.
Entrevista de Leila Diniz para Atenéia de Feijó, na qual a atriz comenta o nascimento da filha Janaína.

LEILA Diniz: guerra é guerra. O Cruzeiro, Rio de Janeiro, v. XLIII, n. 33, 18 ago. 1971. p. 110-113.
Entrevista de Leila Diniz concedida a Jorge Segundo, na qual a atriz comenta sua gravidez então no sexto mês.

LESSA, Ivan. Dez anos sem Leila Diniz. Folha de S. Paulo, São Paulo, 8 ago. 1982.
Artigo que rememora Ipanema nos anos 50 e 60 e comenta a célebre entrevista de Leila Diniz ao jornal O Pasquim em 1969.

LIMA, Rosa. Bigode vai filmar a vida de Leila. Cine Imaginário, Rio de Janeiro, v. I, n. 11, out. 1986. p. 3.
Reportagem sobre o início do projeto do filme Leila Diniz.

MAGALHÃES, Ana Maria. Ela reconciliou mulheres e homens. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 1 jul. 1997.
Depoimento de caráter memorialístico sobre a amizade entre Leila Diniz e a autora, conhecida atriz e diretora.

MULHER que todos pensam que conhecem, A. Realidade, São Paulo, v. VI, n. 61, abr. 1971. p. 22-31.
Entrevista de Leila Diniz concedida à psicóloga Carmen da Silva, que a partir desse material faz considerações sobre a personalidade da atriz. A matéria é ilustrada por belas fotos de David Zingg.

MUYLAERT, Anna. Melodia de Leila. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19 nov. 1987.
Crítica do filme Leila Diniz.

NAOMY, Nely. Leila Diniz: sua vida, os homens e o cinema. Revista de Cinema Cisco, São Paulo, v. II, n. 8, 1987. p. 5-7.
Reportagem sobre a produção do filme Leila Diniz.

OLIVEIRA, Domingos de. Minha estrela Leila Diniz. Manchete, Rio de Janeiro, v. XIV, n. 781, 8 abr. 1967. p. 112-114.
O diretor de Todas as mulheres do mundo e ex-marido escreve sobre Leila Diniz na intimidade e a respeito do trabalho dos dois no filme citado.

__________. Estrela tinha a vocação da revolução. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 1 jul. 1997.
Depoimento do ex-marido e diretor de dois filmes nos quais a atriz trabalhou, Todas as mulheres do mundo e Edu, coração de ouro.

REIS, Leila. Parceria com independentes vinga no GNT. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 set. 1997.
Análise da série Três vezes Leila, documentário exibido no canal a cabo GNT.

ROCHA, Orlandino. Uma colher de chá para Leila. O Cruzeiro, Rio de Janeiro, v. XXXIX, n. 39, 24 jun. 1967. p. 28-33.
Reportagem bem humorada sobre a visita de Leila Diniz à Academia Brasileira de Letras, na qual foi recebida por vários componentes da instituição. Há fotos curiosas ilustrando a matéria.

SALEM, Helena. Nelson Pereira dos Santos: o sonho possível do cinema brasileiro. 2.ed. Rio de Janeiro: Record, 1996.
Biografia de Nelson Pereira dos Santos. O capítulo "Você nunca tomou banho de sol inteiramente nua?" (p. 225-248) trata do filme Fome de amor, referindo-se inclusive ao trabalho de Leila Diniz. Já "Como era bom Parati!" (p. 249-292) aborda Azyllo muito louco, mencionando Leila Diniz, e o projeto "O circo leva e traz" que seria estrelado pela atriz, mas não realizado devido ao seu falecimento.

__________. Antropóloga analisa a construção de um mito corajoso e irreverente: Leila Diniz. O Globo, Rio de Janeiro, 6 jan. 1996.
Resenha do livro Toda mulher é meio Leila Diniz.

SARACENI, Paulo César. Por dentro do Cinema Novo: minha viagem. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
Autobiografia do diretor Paulo César Saraceni. Há várias referências a Leila Diniz, especialmente em relação ao trabalho dela em Amor, carnaval e sonhos (p. 265-282).

SEGUNDO, Jorge. Se Leila morresse amanhã. O Cruzeiro, Rio de Janeiro, v. XLIV, n. 26, 28 jun. 1972. p. 22-24.
Reportagem sobre o falecimento de Leila Diniz com opiniões dela sobre a questão da morte.

SILVA NETO, Antônio Leão da. DINIZ, Leila. In: _____. Astros e estrelas do cinema brasileiro. São Paulo: ed. do autor, 1998. p. 112.
Verbete biofilmográfico resumido da carreira da atriz.

SIMÕES, Inimá. Roberto Santos: a hora e vez de um cineasta. São Paulo: Estação Liberdade, 1997.
Biografia de Roberto Santos. O capítulo "Sílvio Proença está nu!" (p. 116-124), relativo ao filme O homem nu, contém referência ao trabalho de Leila Diniz.

TÁVOLA, Artur da. Leila Diniz, dez anos de infinito. O Globo, Rio de Janeiro, 27 jul. 1982.
Artigo que reflete sobre a personalidade de Leila Diniz e a importância dela nas mudanças comportamentais dos anos 60 e 70.

TODAS as mulheres do mundo numa só: Leila Diniz. Manchete, Rio de Janeiro, v. XX, n. 1054, 1 jul. 1972. p. 28-37.
Reportagem sobre a vida pessoal e a carreira artística de Leila Diniz, então recém falecida. Há transcrição de várias declarações da atriz e farta documentação de fotos.

VIAGEM sem volta, A. Manchete, Rio de Janeiro, v. XX, n. 1054, 1 jul. 1972. p. 24-26.
Reportagem sobre a morte de Leila Diniz em acidente aéreo na Índia. Há fotos dos destroços do avião e da equipe de resgate.