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Lettre à Freddy Buache.

À propos d’un court-métrage sur la ville de Lausanne (Carta a Freddy Buache. Sobre um curta-metragem a respeito da cidade de Lausanne)

França/Suíça, 1982, cor, vídeo telecinado para 35mm, 11’



Godard subverte a encomenda da prefeitura de Lausanne para um filme comemorativo sobre a cidade e endereça uma vídeo-carta a Freddy Buache, diretor da Cinemateca Suíça. De sua sala de montagem, o cineasta reflete sobre a cidade, o cinema e a urgência de filmar.

“Meu querido Freddy, vou tentar… te falar de… deste curta-metragem sobre a cidade de Lausanne”. Num tom confessional e hesitante, Godard abre com essas palavras sua vídeo-carta ao crítico e historiador Freddy Buache.

Por muitos anos, Buache tratou com severidade os filmes do cineasta. Porém, se as críticas eram duras, havia entre os dois respeito mútuo e estima, que se transformaram em cumplicidade e amizade. Buache dirigiu a Cinemateca Suíça por mais de 40 anos. Segundo Jean Rouch, ele era o herdeiro de Henri Langlois, sua “reencarnação” e a pessoa que procuramos “quando não sabemos algo”.

Mas Godard não quer nesta carta perguntar-lhe algo que não sabe. Sua intenção é outra. O tom hesitante da narração em primeira pessoa, da fala íntima que dirige ao crítico (e a nós, espectadores) parece ser uma tentativa de encontrar a maneira certa de engajá-lo em seu filme. Godard quer guiá-lo no entendimento e na defesa da obra.

Mas por que?

Encomendado pela prefeitura de Lausanne, este filme deveria celebrar os 500 anos de fundação da cidade e a inauguração da nova sede da sua Cinemateca. A encomenda, porém, seria entregue modificada. As autoridades não teriam um filme “sobre” Lausanne, mais um filme “de” Godard, que prevê: “Eles vão ficar furiosos”. Para Godard, Buache é quem poderia compreender o porquê dele não realizar aquela encomenda: “Nós somos tão velhos... e o cinema é... vai morrer logo, tão jovem”. No lugar do filme sobre as origens e a fundação da cidade, Godard realiza essa vídeo-confissão, na qual explica suas escolhas, fala de cinema, de linguagem, do processo de criação e da distância entre o real e a ficção.

“Você se lembra da frase de Lubitsch?, pergunta Godard. Se você sabe filmar as montanhas, filmar a água e o verde, você saberá filmar os homens”. É esse exercício que propõe o cineasta. Filmando as montanhas e o lago de Lausanne, indo do verde ao azul passando pelo cinza, ele tenta encontrar aquela cidade e os homens e mulheres que a habitam, que transitam e se perdem naquele espaço real e ficcional.

José Quental



Produção

Apoio

Correalização

Copatrocínio

Realização


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