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Ecce homo (Eis o homem)

França, 2006, vídeo, p/b & cor, 2’



Este curta fez parte da exposição realizada no Centro Pompidou, em 2006, intitulada “Voyage(s) en utopie, Jean-Luc Godard, 1946-2006: A la recherche d'un théorème perdu”. São imagens e sons que seguem de perto um trecho do episódio 1a de História(s) do cinema, singularizadas e pensadas para exibição no museu.

Cinema é tempo, cinema é espaço. Espacializar o tempo: poucas vezes Godard teve a chance de testar a espacialização da sua linguagem, de trazer para o presente uma simultaneidade de instantes e cortes, decupagens e enquadramentos. Em sua exposição de 2006 no Centro Pompidou (“Voyage(s) en utopie, Jean-Luc Godard, 1946-2006: À la Recherche d’un théorème perdu”), o diretor articulou correspondências e equações, no sentido matemático. Ecce homo, também conhecido pelo trocadilho “Excès oh! Mot” – é um curta encravado no conjunto de 215 filmes ou trechos de filmes ali exibidos, em três salas, decoradas com camas, chaises longues e vegetação. Fragmento entre fragmentos.

Logo na entrada da exposição um painel informava: “o que pode ser mostrado... não pode ser dito”. O espectador era convidado a contemplar as obras “como zeros em uma paisagem de Riemann”. Na primeira sala, “Avant Hier”, 12 fragmentos, entre eles Ecce homo, mas também imagens de Goya, De Staël, Matisse e outras porções de JLG; na segunda, “Hier”, fragmentos de clássicos: Siodmack, Rossellini, Bresson, Lang, Welles, Dovzhenko, Ray, Paradjanov, Gene Kelly, Renoir, Clair, Melville. Na terceira, “Aujourd’hui”, fragmentos do real: Riddley Scott, filmes X, Eddie Constantine. “Antes de ontem”, “Ontem” e “Hoje”.

Qual a relação entre imagem em movimento e o espaço estático do museu? A lógica de transmissão que governa Histoire(s) du cinéma desdobra-se nesse espaço, digamos, riemanniano. Se Jean-Luc brincou com associações, também foi trágico: “o passado não é mais transmissível, pode ser somente citado”, alertava, na sala “Avant Hier”. Ecce homo segue de perto trecho do episódio 1a de Histoire(s) e funciona como uma espécie de fenda fractal do conjunto. Ele e mais 215 fragmentos. Isolado em si, Eis o homem está condenado a uma existência em loop.

João Lanari Bo



Produção

Apoio

Correalização

Copatrocínio

Realização


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