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Le pont des soupirs (A ponte dos suspiros)

França, 2014, cor & p/b, vídeo, 8’



Filme realizado como parte do projeto Les ponts de Sarajevo, reunião de curtas de 13 cineastas europeus. Cada um deles trata, em seus trabalhos, do lugar ocupado pela capital bósnia no imaginário do mundo, cabendo a Godard uma reflexão, nesse contexto, sobre fotografias de guerra.

Em Le pont des soupirs, Godard faz uma série de retornos, como se fosse preciso reafirmar práticas inventadas em outros trabalhos e revisitar imagens antigas para delas extrair conhecimento sensível novo. Em termos formais, este curta articula trechos de outros filmes do diretor, como Toutes les histoires – uma das oito partes de Histoire(s) du cinéma – e Ecce homo – feito com pedaços do primeiro –, além de incorporar, na íntegra, o breve Je vous salue Sarajevo. Todos exibem uma das principais marcas do cinema de Godard a partir da década de 1990: a apropriação de imagens fotografadas ou filmadas por terceiros e o avizinhamento insuspeitado entre elas, quase sempre acompanhadas de textos dele e de outros autores, impressos na tela ou lidos e misturados aos outros sons ouvidos ali. Tessitura de uma cacofonia de cenas e falas desmontando os significados que cada uma delas possuía no contexto em que foram inventadas. Ao fazer coisa semelhante com os próprios filmes, o diretor aprofunda a intenção de escavar informações inscritas em imagens e textos que circulam em lugares diversos, promovendo uma arqueologia de trabalhos de outros e dele.

O assunto de que fala este curta é também recorrente nos filmes apropriados por Godard e naqueles que faz com tal material à mão: as dificuldades para criar equivalentes sensíveis de momentos-limite nas vidas de pessoas envolvidas em conflitos armados. E entre tais dificuldades está o próprio estatuto das imagens que se propõem a registrar as guerras, atravessadas por desigualdades radicais que existem nos “contratos” estabelecidos entre quem é sujeito e quem é objeto nessas cenas “tomadas”. Contudo, para além do que Godard chama de faux-tographie – neologismo que expressa a falsificação imagética da miséria das guerras –, a insistência em retornar a essas representações sugere sua persistente crença na potência de afetação da fotografia e do cinema sobre o outro.

Moacir dos Anjos



Produção

Apoio

Correalização

Copatrocínio

Realização


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