Agnaldo Rayol

 
Agnaldo e Ozualdo durante as filmagens de A herança.

Conheci Ozualdo Candeias na década de 70. Eu tinha um sítio em Itapecerica daSerra e na época morava lá. David Cardoso, meu amigo e compadre (sou padrinho do James, seu primeiro filho), disse-me que o Candeias estava procurando locações para o filme A herança, uma adaptação “ozualdiana” da obra de Shakespeare, Hamlet.

Como eu conhecia algumas pessoas em Itapecerica que poderiam ajudar, consegui que as locações fossem feitas lá.

Então pedi ao David, que seria o protagonista, que falasse para o Candeias que eu gostaria de participar do filme. Ele aceitou e fiz uma participação especial, que me deixou feliz e honrado, pois considerava (e considero) Ozualdo Candeias um gênio do cinema brasileiro.

No filme A herança, os personagens não falavam, emitiam os sons dos animais. Minha voz era um urro de leão. E lembro-me de um fato curioso: durante as filmagens, a grande cantora Maísa foi nos visitar e quase participou do filme.

Fico muito honrado de poder falar um pouco do muito que se pode dizer sobre Ozualdo Candeias e também do privilégio de ter sido dirigido por ele em A herança.

Ozualdo Candeias é um grande criador. Forte, sensível, simples, e acima de tudo genial!!!