Parlas

Ozualdo Candeias

 

 

A mostra, depois de algumas entrevistas, solicitou também uma ou algumas “parlas”, sendo uma delas sobre o que andei querendo da vida. Quando guri ou gurizão andei querendo ser maquinista de “malés maria fumaça” da Central do Brasil e “justiceiro” ou até mesmo “empreiteiro da morte”... profissões que “rondaram” meus dias de pré-adolescência lá pelos cerrados de MTS. Quando em SP/SP “desconfiei” que o “babado” por estas bandas era outro... nada de laços, cavalos e 38, vai daí que pressionei meu pai para me “botar” de novo na escola... e lá fui eu para uma escola de “guarda-livros” (perito contador secundário) por vontade da minha mãe, que era mais objetiva que o meu pai. Quando ganhava algum prêmio no atletismo ou de cinema, minha mãe perguntava do dinheiro e o meu pai, das medalhas ou dos troféus... bem, voltando ao que queria da vida... “sei não”, mas eu acho que andei vivendo “naquela” de “se Deus quiser” e que “essa” de que é o “cara” que faz o seu futuro até que andou “bailando” na minha “moringa” umas poucas vezes e “das veis”. Ele ainda “dá as caras”... enquanto isso os tempos e as “coisas” vão rolando e a gente vai vivendo e aprendendo.

Desde guri que procuro me esquivar das perguntas que estou tentando responder, mas vou tentar... quando era guri até que as coisas eram “maneiras”, mas hoje elas se complicam um pouco, “pra eu” naturalmente... não sei como lidar com a “cultura”, “latitude”, “genética”, etc. etc. etc... considerando as “idéias” que “perambulam” desde um passado próximo ou distante de que o “destino” é o pós-macaco que faz... eu prefiro ficar “naquela” de que o mais sábio é aquele que “sacou” que pode até nada ser, isso aconteceu com “distinto” lá das “Hélades”.

Bom, me parece que a “conversa já foi boa” e já está na hora... repetindo, até tropeçar com cinema andei “trombando” com outras maneiras de viver, e na verdade não sei se foi “por quere” mas ... até que valeu.

SP/SP/BR 060702 - Candeias